terça-feira, 19 de agosto de 2008

As vitórias dos directores-desportivos nacionais


A segunda vitória de Francisco Pacheco (Barbot-Siper) nesta edição da Volta enche o seu director-desportivo, Carlos Pereira, de razões para sorrir. Feitas as contas às participações de Pereira na Volta a Portugal como director-desportivo, o sucesso hoje alcançado por Pacheco significa a quarta vitória de Carlos Pereira em etapas. Ou seja, só na edição 70 da corrida, o técnico conseguiu tantos triunfos tantos aqueles que obtivera em toda a restante carreira. É obra!

Olhando para os directores-desportivos portugueses presentes na Volta deste ano, aquele que mais vitórias de etapa colecciona é Américo Silva (Liberty Seguros). É certo que ter comandado Cândido Barbosa durante largos anos ajudou muito ao pecúlio, mas não explica todas as 26 vitórias arrebatadas.

Percorrendo o currículo dos outros directores-desportivos, concluímos que o segundo vitorioso é aquele que mais anos leva de pelotão, José Santos (Madeinox-Boavista). O professor do Bessa já viu ciclistas seus erguerem os braços em 17 etapas da Volta a Portugal, num percurso vitorioso iniciado em 1986, mas que está interrompido desde a segunda etapa da Volta de 2006. Nesse dia, em Lisboa, Manuel Cardoso (Carvalhelhos-Boavista) foi declarado vencedor, após desclassificação de Cândido Barbosa por sprint irregular.

Américo Silva e José Santos estão claramente destacados no ranking dos triunfadores. Seguem-se Carlos Pereira e Vidal Fitas (Palmeiras Resort-Tavira), ambos com quatro sucessos. Orlando Rodrigues (Benfica) estreou o palmarés no prólogo deste ano, ao passo que Mário Rocha (Fercase-Rota dos Móveis) apenas uma vez ganhou. Foi em 2003, por intermédio do finalizador Alberto Benito. Dos técnicos que já conhecem o sabor da glória, o nortenho é aquele que não vence na Volta há mais tempo.

O pelotão completa-se com Jorge Piedade (CC Loulé) que ainda aguarda a hora de desvirginar o seu palmarés no que a triunfos na Volta a Portugal diz respeito.

Em termos de vitórias absolutas na Volta, apenas dois técnicos já experimentaram a sensação de tal feito. José Santos em duas ocasiões - Cássio Freitas (1992) e Joaquim Gomes (1993) - e Américo Silva em 2003, por intermédio de Nuno Ribeiro.

José Carlos Gomes

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